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          Marcos 16:15
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Luto Processo Necessário quando se perde um ente querido
O impacto provocado sobre o indivíduo ou família devido à morte de um ente querido é um dos acontecimentos mais estressantes da vida.Gera profundo efeito emocional,cria uma crise,todo o sistema se desorganiza e se desestrutura,tentando adaptar-se ao evento traumático da dor e do sofrimento que recebe o nome de luto.
Cada um dos membros da família irá reagir de forma diferente.Essas diferenças individuais devem ser respeitadas,visto que a gama de emoções nem sempre segue uma ordem cronológica,mas aparece e some a partir do estado de choque ou estupor (primeira etapa),para  um estado de desconhecimento,desespero,ações automáticas,incapacidade de aceitar a realidade e negação do fato.Ocorre também um estado de raiva ou de agressividade,sentir-se culpado por estar vivo,acusar a si mesmo:se eu estivesse lá.se tivesse feito isso ou aquilo,(segunda etapa)com sentimento de injustiça,desamparo e confusão.Depois vem o estado da desorganização ou de desesperança (terceira etapa),e então começamos a tomar consciência de que nosso ente querido não mais estará entre nós,e assim ocorrem a triteza apática,nostalgia desinteresse ou até mesmo uma tendência ao abandono,até a instrumentação de certos mecanismos de autocontrole que permitem à pessoa superar o fato que lhe causou tanta dor (quarta etapa).
Depois de passar por todas essas sensações de dor,a vida já não voltará a ser a mesma porque a perda de um ente querido deixa um vazio que nada pode preencher.Nosso objetivo é analkisar algumas situações que ocorrem nesse processo e como podemos acompanhar os enlutados,reconstruindo-lhes a existência com novo significado.
Toda essa gama de emoções e de sentimentos que ocorre nesse processo é normal e previsível em uma situação de perda.A aflição e a dor são intensas.Essa dor pode ser expressa de forma física:chorar,sentir dor no peito,trantornos intestinais,perda do apetite,problemas com o sono,etc,;e de forma emocional e psicológica:tristeza,ataques de ansiedade,fadiga crônica,depressão,pensamentos suicidas,etc.
Não é fácil seguir adiante depois da morte de um ente querido.A dor diminui com o tempo eisso terá que ser aceito como um processo natural.É importante não esconder as emoções e não negar a realidade.
O luto é pessoal e pode durar meses ou anos dependendo da capacidade de elaboração da pessoa e da família de se superar a dor.A finalidade do luto é dar expressão e manter os sentimentos sãos,abrandar o sofirmento,dominar a dor da separação,aceitar a morte e amar o falecido com uma nova linguagem do amor.Nesse processo é preciso encontrar novo significado para a vida.
Para concluir o processo de cura deve-se passar por todas as etapas já mencionadas.Poderá haver dias melhores ou piores e,às vezes,o sentimento que se imaginava estar superado volta a se manifestar.
Eu já perdi alguns entes querdos como meus pais,alguns amigos próximos e,com psicólgo profissinal,acompanhei muitos de meus paceintes nesse processo.
Ao escrever este artigo,não posso deixar de lembrar do ocorrido em Buenos Aires,quando acompanhei uma família amiga que perdera seu filho mais velho.Era uma linda família cristã com três filhos,dois homens e uma mulher que ajudavam o pai nos negócios da família que passafa por um momneto de prosperidade.Certo dia,quando a filha estava na porta da empresa,dois rapazes a assaltam e o irmão mais velho,que fazia caratê,tentou defendê-la.Um dos assaltantes disparou dois tiros contra o peito do rapaz,que morreu na hora.
O que fazer?como avisar o pai que voltava de uma viagem?Como dar a notícia ao filho,de sete anos,de que seu pais não mais estaria entre eles?Esses foram os momentos de maior desestruturação no sistema daquela família.Somente a sabedoria divina para dar prudência diante de emoções tão fortes.
Cada membro da família reagiu e manifestou a dor pela perda de forma diferente.Nesse momento aparecem as perguntas e os porquês - processos previsíveis diante de uma tragédia dessa magnitude,a despeito de nossa religiosidade,fé e crença.Senhor,onde estavas que não portegeste meu filho?Senhor,por que permitiste?O que queres de mim?Perguntas sem respostas.É aqui que surge a luta entre a desesperança da dor e a esperança do reencontro na manhã da ressurreição.
A despeito da dor e da amargura pelo fato,meu amigo e sua família focaram sua confiança em Deus e disseram como Jó em seu sofrimento:"Porque eu sei que o meu Redentor vive [...]" (Jó 19:25).
Encontrar forças nesse momento de tanta amargura requer fé e confiança muito especiais que não podem ser construídas da noite para o dia.É o desenvolvimento da virtude da transcendência na ligação com o Superior,que faz com que as preocupações e os problemas sejam enfrentados com coratem,persistência,integridade,moderação e esperança,inspirando-nos a manter a vida com sentido,a despeito da dor que sentimos.
A tarefa daqueles que acompanham esse processo é favorecer o pensamento no futuro e minimizar o permanecer no passado e na nostalgia.

Dr. José Enrique Muñoz Olivares
Pr.D.,Psicólogo,Terapeuta de Família e Docente Meste em Saúde Pública Colabora com a Universidade Adventista do Chile como diretor do curso de Psicologia.
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